Oração do Professor

Dai-me, Senhor, o dom de ensinar,Dai-me esta graça que vem do amor.Mas, antes do ensinar, Senhor,Dai-me o dom de aprender.Aprender a ensinar. Aprender o amor de ensinar.Que o meu ensinar seja simples, humano e alegre, como o amor. De aprender sempre.Que eu persevere mais no aprender do que no ensinar.Que minha sabedoria ilumine e não apenas brilheQue o meu saber não domine ninguém, mas leve à verdade.Que meus conhecimentos não produzam orgulho,Mas cresçam e se abasteçam da humildade.Que minhas palavras não firam e nem sejam dissimuladas,Mas animem as faces de quem procura a luz.Que a minha voz nunca assuste,Mas seja a pregação da esperança.Que eu aprenda que quem não me entendePrecisa ainda mais de mim,E que nunca lhe destine a presunção de ser melhor.Dai-me, Senhor, também a sabedoria do desaprender,Para que eu possa trazer o novo, a esperança,E não ser um perpetuador das desilusões.Dai-me, Senhor, a sabedoria do aprenderDeixai-me ensinar para distribuir a sabedoria do amor.(Antonio Pedro Schlindwein)

domingo, 17 de abril de 2011

trabalhos de páscoa realizados na escola Luiz Cerentini




atividade de páscoa

O COELHINHO ESPERTO



Marlene B. Cerviglieri











Havia uma fazenda muito grande e linda. Todos que a visitavam ficavam encantados com tantos animais. Cada raça tinha seu próprio lar, quero dizer suas casinhas e ficavam juntos. Assim os porquinhos estavam sempre comendo e dormindo junto da mamãe porca. As vacas, que eram a maioria, ficavam num pasto muito amplo e criavam seus bezerrinhos. Bem afastado destes animais maiores, havia o galinheiro onde as galinhas botavam seus ovos e criavam seus pintinhos. Os patos também ficavam por perto, pois gostavam muito de dar uns mergulhos no lago próximo.

Bem lá embaixo numa descida ficavam os coelhinhos. Era uma coisa linda de se, ver as gaiolas grandes, e dentro todo o parquinho para eles brincarem.

Havia também a água corrente, muita verdura ali era colocada para que comessem. Vocês sabem que verdura é muito bom e devemos comer todo dia, assim o fazem os coelhinhos. Vejam como são espertos e saltitantes e têm muita força também. Bebem muita água e comem muita verdura e legumes. Bem, estou aqui para contar a história do coelhinho esperto não é mesmo?

Pois aqui vai: Uma manhã depois de se fartar de tanta verdura o coelhinho rajadinho, assim era chamado, pois era todo branco com algumas manchas pretas, resolveu sair da gaiola. Ah, pensou ele: quero dar uma voltinha par aprender alguma coisa mais. Saiu saltitante como são os coelhos, e foi parar bem no meio da floresta que havia na fazenda.

- Puxa que coisa maravilhosa! Quanta árvore e vegetação!

Ficou muito encantado mesmo, foi entrando cada vez mais. De repente surgiu um tatu... O coelhinho, que não conhecia nenhum outro bicho, levou um susto.

- Quem é você?

- Ora, sou o tatu! Respondeu.

O coelhinho chegou até perto, meio com medo e colocou o nariz no tatu.

- Coelhos são assim cheiram tudo.

- Puxa como você é duro!

- E você é mole. Respondeu o outro.

O tatu que era muito esperto e conhecia muitos bichos, riu do coelho.

- Veja, coelhinho, existe duro e mole...

- O quê? Perguntou o coelhinho.

- É, meu amigo, duro sou eu e mole é você.

- Ah, entendi. Quer dizer que existe diferença entre duro e mole.

- Sim, e você sente isto.

- Veja aqui outra diferença: Nós estamos embaixo da árvore, certo?

- Sim.

- E o nosso amigo lá, o passarinho, está em cima da árvore. Entendeu?

- Sim. Embaixo e Em cima.

Ficou feliz de aprender, disse adeus ao tatu e voltou pulando para sua casa.

- Meus irmãos - disse quando chegou -, aprendi muito hoje, sei agora o que é duro e o que é mole!

- Vejam - e foi dando instruções para seus irmãos -, coisas simples de se aprender.

- E você já sabe estas diferenças?

Se não souber leia novamente e o tatu irá explicar. Seja um coelhinho esperto!



Marlene B. Cerviglieri

mais um texto de páscoa

O coelhinho que não era de Páscoa
Ruth Rocha


Vivinho era um coelhinho. Branco, redondo, fofinho.
Todos os dias Vivinho ia à escola com seus irmãos.
Aprendia a pular, aprendia a correr...
Aprendia qual a melhor couve para se comer.

Os coelhinhos foram crescendo,

chegou a hora de escolherem uma profissão.

Os irmãos de vivinho já tinham resolvido:
- Eu vou ser coelho de Páscoa como meu pai.
- Eu vou ser coelho de Páscoa, como o meu avô.
- Eu vou ser coelho de Páscoa como meu bisavô.
E todos queriam ser coelhos de Páscoa,

como o trisavô, o tataravô, como todos os avôs.
Só Vivinho não dizia nada.

Os pais perguntavam, os irmãos indagavam:
- E você Vivinho, e você?
- Bom – dizia Vivinho – eu não sei o que quero ser.
Mas sei o que não quero: Ser coelho de Páscoa.

O pai de Vivinho se espantou, a mãe se escandalizou e desmaiou:
- OOOOOHHHHH!!!

Vivinho arranjou uma porção de amigos:
O beija-flor Florindo, Julieta a borboleta, e a abelha Melinda.

- Onde é que já se viu coelho brincar com abelha?
- Os irmãos de Vivinho diziam.
Os pais de Vivinho se aborreciam:
- Um coelho tem que ter uma profissão.
Onde é que nós vamos parar com essa vadiação?

- Não se preocupem – Vivinho dizia

– estou aprendendo uma ótima profissão.
- Só se ele está aprendendo a voar – os pais de Vivinho diziam.
- Só se ele está aprendendo a zumbir – os irmãos de Vivinho caçoavam.

Vivinho sorria e saía, pula, pulando

para se encontrar com seus amigos.
O tempo passou. A Páscoa estava chegando.
Papai e Mamãe Coelho foram comprar os ovos para distribuir.
Mas as fábricas tinham muitas encomendas.

Não tinham mais ovinhos para vender.

Em todo lugar a resposta era a mesma:
- Tudo vendido. Não temos mais nada...
O casal Coelho foi a tudo que foi fabrica da floresta.
Do seu Antão, do seu João, do seu Simão, do seu Veloso, do seu Matoso,
do seu Cardoso, do seu Tônio, do seu Petrônio, seu Sinfrônio.
Mas a resposta era sempre a mesma:
- Tudo vendido seu Coelho, tudo vendido...

Os dois voltaram pra casa desanimados.
- Ora essa. Isso nunca aconteceu...
- Não podemos despontar as crianças...
- Mas nós já fomos a todas as fábricas. Não tem jeito, não...

Os irmãos do coelhinho estavam tristes:
- Nossa primeira distribuição... Ai que tristeza no coração!...

Vivinho vinha chegando com Melinda.
- Por que não fazemos os ovos nós mesmos?
- É que nós não sabemos.

Coelho de Páscoa sabe distribuir ovos. Não sabe fazer!

- Pois eu sei – disse Vivinho- Eu sei.
- Será que ele sabe? – disse o Pai?
- Ele disse que sabe – disseram os irmãos.
- Ele sabe, ele sabe – disse a mãe.
- E como você aprendeu? – perguntaram todos.
- Com meus amigos. Eu não disse que estava aprendendo uma profissão?
Pois eu aprendi a tirar o pólen das flores com Julieta e Florindo.
E Melinda é a maior doceira do mundo. Me ensinou a fazer tudo o que é doce...

A casa da família Coelho virou uma verdadeira fábrica.
Todos ajudavam: Papai Coelho, Mamãe Coelha e os coelhinhos...
e os amiguinhos também:florindo o beija-flor, a borboleta Julieta e

a abelha Melinda, a maior doceira do mundo.
E era Vivinho quem comandava o trabalho.
E quando a Páscoa chegou, estavam todos preparados.
As cestas de ovos estavam prontas.

E os pais de Vivinho estavam contentes.
A mãe de vivinho disse:
- Agora, nosso filho tem uma profissão.
E o pai de Vivinho falou:
- Cada deve seguir a sua

texto para páscoa

O coelhinho que não queria estudar

Na floresta, todos os filhotes de animais iam à escola. Só ficava em casa o coelhinho Juquinha.
Ele não queria aprender a ler, achava que não precisava disso, que poderia encontrar cenouras sem saber ler. Queria se divertir.
Todos os animaizinhos iam para a escola, mas Juquinha foi à casa do tio Coelho ouvir histórias.
Juquinha chegou à casa do Tio Coelho, bateu... chamou... chamou, ninguém respondeu. Tio Coelho tinha deixado um aviso na porta, mas Juquinha não sabia ler e pensou que Tio Coelho tivesse ido fazer alguma visita. E foi embora.
Aborrecido por não ter encontrado o tio em casa, e cansado de tanto andar, Juquinha com surpresa avista o tio.
Juquinha disse ao tio que estava vindo da sua casa e que era uma pena ele ter saído para fazer visita justamente hoje.
Tio Coelho disse que não tinha ido fazer visitas, que tinha colocado um aviso na porta e ele não tinha lido.
Juquinha ficou muito desapontado e não respondeu. Tio Coelho se lembrou de que ele não sabia ler e então explicou que no bilhete estava escrito que voltava logo e era para sentar e esperar. Juquinha ficou espantado ao saber do aviso.
No dia seguinte Juquinha foi à casa do senhor João de Barro conversar um pouco. Seu João não estava. Mas, bem embaixo de sua casa havia uma cadeira com um aviso.
Juquinha ficou contente pois achava que sabia o que os avisos queriam dizer. Então sentou e foi esperar um pouco. Daí percebeu que estava todo sujo de tinta e então ficou bravo porque ninguém avisou.
João de Barro abriu a porta e disse ao Juquinha se ele não tinha lido o aviso. Depois lembou-se de que ele não sabia ler. A tinta estava fresca.
Juquinha ficou um pouco triste mas achava que agora já sabia tudo sobre avisos.
Então foi embora. Quando ele chegou em sua casa,viu a caixa do correio aberta. Dentro dela havia um papel. Ele achou que era um aviso de que a caixa tinha acabado de ser pintada e que a tinta estava fresca.
No dia seguinte Juquinha notou um movimento diferente. Parecia que estava acontecendo alguma coisa fora do comum. Havia muitos animaizinhos passando na rua. Eles não tinham ido à escola, carregavam doces, balas, bombons e salgados. Juquinha resolveu ir ver onde eles iam e começou acompanhá-los às escondidas. Os animais estavam parando no meio da floresta. Debaixo de uma árvore, colocavam os doces, salgados e bebidas.
E Juquinha então achou que era um piquenique e que ninguém havia convidado ele. Começou então, a chorar.
A coelhinha, sua amiga, viu Juquinha chorando e lhe perguntou o porque. Juquinha explicou que era porque ninguém havia lembrado dele. Ela explicou que eles lembraram sim, que o carteiro tinha até deixado o convite na caixa de correio.
Juquinha enxugou as lágrimas e lembrou do papel que ele pensava que era um aviso sobre tinta fresca.
A coelhinha deu risada e chamando a sua atenção falou que era uma vergonha e que ele precisava aprender a ler.
No outro dia Juquinha começou a frequentar a escola da floresta. Sendo o primeiro a chegar lá.