Oração do Professor

Dai-me, Senhor, o dom de ensinar,Dai-me esta graça que vem do amor.Mas, antes do ensinar, Senhor,Dai-me o dom de aprender.Aprender a ensinar. Aprender o amor de ensinar.Que o meu ensinar seja simples, humano e alegre, como o amor. De aprender sempre.Que eu persevere mais no aprender do que no ensinar.Que minha sabedoria ilumine e não apenas brilheQue o meu saber não domine ninguém, mas leve à verdade.Que meus conhecimentos não produzam orgulho,Mas cresçam e se abasteçam da humildade.Que minhas palavras não firam e nem sejam dissimuladas,Mas animem as faces de quem procura a luz.Que a minha voz nunca assuste,Mas seja a pregação da esperança.Que eu aprenda que quem não me entendePrecisa ainda mais de mim,E que nunca lhe destine a presunção de ser melhor.Dai-me, Senhor, também a sabedoria do desaprender,Para que eu possa trazer o novo, a esperança,E não ser um perpetuador das desilusões.Dai-me, Senhor, a sabedoria do aprenderDeixai-me ensinar para distribuir a sabedoria do amor.(Antonio Pedro Schlindwein)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A Última Floresta

A Última Floresta

Era uma vez uma coelha chamada Flória que vivia com os seus quatro filhotes numa toca funda, fresquinha quando o calor apertava e aconchegadora nos dias em que aquele vento que faz tremer o esqueleto a qualquer ser vivo andava à solta pelos montes e vales das redondezas.
Comida era coisa que raramente preocupava Flória. Bastava sair à porta da sua toca e não lhe faltavam rebentos frescos, tenrinhos, apetitosos a fazerem crescer água na boca a qualquer coelhote mais guloso. Só no fim do Verão, antes das primeiras chuvas, quando a vegetação começava a amarelecer, é que a coelha Flória, depois de tomar as devidas precauções, se aventurava até às hortas dos homens.
Quando voltava, com a barriguita cheia de couves, feijão-verde, alface..., passava pelas brasas em frente à soleira da porta da sua toca. Esta soneca era para ela a mais apetitosa e não a trocava pela melhor coisa deste mundo. Quando acordava passava largos minutos a espreguiçar-se.
Enfim... tinha aquilo a que se costuma chamar uma vida regalada.
Tinha, porque nos últimos dias andava nervosa! Ouvia, cada vez com mais força, um barulho esquisito, estranho, preocupante... lá longe, por enquanto. Este misterioso ruído começou a preocupá-la. Sobretudo porque tinha a certeza que aquele inquietante vrum..., vrum..., vrum..., cada dia se aproximava mais da sua toca.
Naquela tarde não conseguiu fazer a sesta e encontrava-se sentada à porta de casa quando viu a sua vizinha Anafada, uma lebre bem gorducha que media quase tanto de largura como de comprimento e que passava, pachorrentamente, uns metros abaixo. Perguntou-lhe:
— Olha lá, que barulhos infernais são aqueles que se ouvem lá para os lados das hortas?
— Não sei bem. Fui matar a sede ao ribeiro e estava um grupo de raposas debaixo do castanheiro velho, acho que eram aquelas que vivem lá para as bandas do Cabeço, a dizerem, com ar de preocupadas, que vai passar aqui uma estrada muito larga!!!
— O quê?! Bem me dizia o coração que não era nada de bom! Mas tinha fé que não fosse assim tão trágico! O que há-de ser de nós? O que acontecerá aos meus filhos? — disse a coelha Flória com a voz trémula e as lágrimas sustidas a custo.
— Tenho vindo a pensar nisso. E eu que mal me consigo arrastar. Ainda bem que não tenho filhotes. Mas temos de ter calma, alguma solução se há-de arranjar.
— Como?! Não vês que estamos cercados e encurralados por casas, hortas, searas, fábricas, pela barragem... sei lá que mais! Além deste, não conheço outro local onde possamos sobreviver!
— As raposas também estavam a dizer o mesmo! No entanto... talvez alguém mais viajado, mais conhecedor de terras distantes, conheça alguma floresta, ainda que pequena, onde, sem grandes sobressaltos e com poucos perigos, consigamos arranjar um buraco — disse a lebre pondo em prática toda a sua experiência adquirida ao longo da sua já longa vida.
— Deus queira que sim. Olha vou para dentro. Estou tão preocupada, mais pelos meus filhos do que por mim, que nem me apetece conversar. Até amanhã.
— Até amanhã e tem calma — despediu-se também a lebre Anafada.
A coelha entrou e fechou a porta. Quando os seus filhotes sentiram o barulho da fechadura vieram abraçar a mãe. O mais pequenote, de nome Espertezas, que não costumava deixar "fazer o ninho atrás da orelha", perguntou:
— Mamã, por que estás tão nervosa e com os olhos tão vermelhos?
— Vi ali abaixo um cão enorme, quase tão grande como um burro!! — desculpou-se a coelha Flória.
— Não deve ser por isso! Já estiveram muitos cães a farejar e de sentinela à nossa porta e tu nunca tiveste medo! — insistiu o filho Espertezas.
— Mas este cão era muito grande, maior do que um burro!!
— Se era assim tão grande, ficamos mais descansados! — disse o Espertezas com grande calma.
— Porquê? — perguntaram os três irmãos ao mesmo tempo.
— Ora essa! Porque não cabe na porta e não pode entrar aqui dentro — respondeu o Espertezas com ar de grande sábio.
— Tens razão! — disseram os seus irmãos simultaneamente. — Vá, está na hora de ir dormir — interrompeu a mãe, dando a conversa por encerrada.
Os filhotes rapidamente adormeceram mas a coelha não conseguia pregar olho. Pé ante pé, abriu a porta e saiu para a rua. Sem saber onde estava e o que fazia, encostou-se a um pinheiro.
— Boa noite Flória! — esta assustou-se e, sem querer, deu um salto. — Não tenhas medo, sou eu, o teu amigo bufo Noitivanas!
Não é costume andares a esta hora fora de casa!
— Não consigo dormir! A Anafada disse que vai passar por aqui uma enorme estrada e eu não sei para onde hei-de ir com os meus filhos! — lamentou-se a Flória.
— Olha que a lebre tem razão! Pensei que já sabias. As máquinas devem aqui chegar na próxima semana!
A coelha não conseguiu suster mais as lágrimas, rompeu em grande pranto e começou a gritar:
— Ai os meus queridos filhos! Ai os meus queridos filhos!
— O Noitivanas desceu do pinheiro, abeirou-se da sua amiga, passou-lhe a asa pelo focinho e disse-lhe:
— Que é isso?! Não chores! Como sabes eu viajo muito todas as noites. Às vezes vou para uma pequena floresta, a última que ainda existe nestas redondezas e que fica a uma légua para além da última casa. Amanhã fazes as malas e, pela calada da noite, atravessas a povoação e mudas-te para lá com os teus pequenos.
AUTOR: António José H. Ferreira de Condeixa-a-Nova
C/ agradecimento do colega Vaz Nunes-Ovar

A Borboleta Branca

A Borboleta Branca “
Set 22, 2009 Author: Raquel Martins | Filed under: Estações do Ano, Estimulação à leitura e à escrita, Histórias Infantis

A primavera tinha chegado finalmente. A Natureza reencontrara as suas belas cores.
As flores abriam as pétalas para melhor se colorirem. Os animais cantavam e brincavam.
Estavam todos felizes. Todos, à excepção de uma borboleta branca. Só ela se lamentava. Estava desesperada. As suas grandes asas eram completamente brancas. Gostaria de ser uma borboleta multicolor. A Natureza tinha-lhe pregado uma partida.
Então, chorando de tristeza, procurou incansavelmente um meio de se colorir, esfregando-se com o pólen das flores ou rebolando-se na erva molhada.
Uma bela manhã, banhou-se na lama. Uma rã, que habitava perto, não acreditou no que os seus olhos viam: “Ter prazer em se sujar deste modo, é deveras repugnante!”
Mas, ao secar, a lama quebrou-se e transformou-se em pó que voou ao sabor do vento. As asas da nossa borboleta, de novo, imaculadas de brancura. Que decepção!A borboleta branca pensava que, se comesse cenouras, podia ficar cor-de-laranja. Por isso, foi visitar o seu amigo coelho. Infelizmente, não conseguia trincar tão grande legume. Teve de renunciar ao seu projecto.Um dia esfregou-se num enorme morango. O sumo fez-lhe muitas manchas vermelhas nas asas. A borboleta branca ficou muito contente. Mas uma joaninha que descansava numa folha disse-lhe intrigada:
- Que te aconteceu? Feriste-te?
A joaninha tinha confundido o sumo vermelho do morango com sangue!
Muito humilhada, a borboleta branca lavou as asas numas gotas de orvalho.
Chegara o Verão. As borboletas resplandeciam ao sol como papagaios multicolores. Para elas, era uma festa. Mas não para a nossa borboleta branca. A sua vergonha era tão grande que, amuada, pousava numa margarida para se esconder. Esta flor era a sua única amiga. Também ela tinha, em vão, utilizado todos os meios para se colorir.
Um dia, aconteceu que Fabrice, um rapazinho, passou no campo com a sua rede de borboletas, para apanhar as mais bonitas de entre elas. A borboleta branca não se assustou, pensando que a sua brancura não cativava aquele pequeno caçador. Contudo, Fabrice parou junto dela, admirado, e perguntou-lhe:
- Porque és toda branca? Que te aconteceu para perderes as tuas cores?
- Pobre de mim! Nunca as tive; os anjinhos-pintores devem ter-se esquecido de mim.
- Pobre borboleta! È triste o que te aconteceu. Mas… tenho uma ideia… amanha voltarei para cuidar de ti.
Mal chegou a casa, Fabrice procurou a sua caixa de aguarelas:
- Amanhã, vou pintar as asas daquela pobre borboleta branca.
Na manhã do dia seguinte, partiu ás pressas, com a caixa das aguarelas debaixo do braço, para ir ter com a sua amiga que o esperava pousada numa papoila:
- Trouxe as minhas tintas para pintar as tuas asas. Ficarás a ser a mais bonita das borboletas.
Então Fabrice escolheu as cores mais bonitas para pintar as asas da borboleta. No final, tremendo de alegria e de emoção, ela foi mirar-se num charco de água. Virava-se, tornava-se a virar, dava voltas e mais voltas. Não estava a sonhar, as suas asas já não eram brancas!
Todos os animais da vizinhança ficaram pasmados. Não acreditavam no que viam: aquela borboleta era realmente extraordinária.
A borboleta branca estava feliz, causava a admiração de todos. A meio do Verão, os insectos organizaram um concurso de beleza. Pela primeira vez na sua vida, a nossa

O clube no bosque

O CLUBE DO BOSQUE
Tema: A união faz a força

Uma tarde, no bosque, Bentinho reuniu todos os seus amigos bichinhos, debaixo de uma árvore.
Bem, porque nos chamou aqui? Perguntou o esquilo. Eu tive uma idéia, respondeu Bentinho. Vamos construir um clube. Assim poderemos brincar juntos, mesmo quando estiver chovendo.
Muito bem! Muito bem! Aprovado. Responderam todos. Que trabalheira tiveram! Mas com a ajuda de todos, o clube logo começou a ganhar forma.
_Que nome vamos dar ao clube? perguntou Bentinho.
_Quac! Quac! Falou o pato. Acho que o nome do clube, ficaria bom! Otimo! Concordaram todos. Trabalharam com vontade, com tanta vontade que acabaram quebrando um martelo e perdendo muitos pregos.
O cachorro e o ratinho foram encarregados de ir a cidade, comprar novas ferramentas. Segure-se bem! gritou o cachorro, quando voltavam. Chegaremos no clube num minutinho.
Quando a noite chegou, os pequeninos fundadores do clube deitaram para dormir um pouco. Eles não sabiam que uma velha raposa malvada os observava há muito tempo.
_Estão no papo! Comentou a raposa. Então eles querem construir um clube, heim? Pois verão a festa que eu darei amanhã de manhã. Não sobrará ninguém para contar a história! Enquanto eles dormem, vou destruir tudo o que foi feito.
E a raposa malvada espalhou os pregos pelo bosque, serrou as madeiras, derrubou tudo... Todo o trabalho foi por água abaixo!
_Este é o fim do clube do bosque! HI!, HI!, Hi!,
A raposa se afastou, chorando de tanto ri A lua é que não gostou nada daquilo.
_Ora já se viu! Destruir o clube dos pequeninos! Ois você vai se arrepender do que fez!
_Eu? zombou a raposa. Só posso me orgulhar do que faço. Assim a raposa malvada, voltou para a sua toca no meio da floresta.
_O o o o o o ! bocejou a fera. Hoje não vou ter pesadelos! Estou tão feliz! HI! HI! HI!
Bentinho e seus amigos choraram, quando viram o que fora feito do clube.
_Quem destruiu o nosso clube? Lamentavam. Só pode ter sido a velha raposa!Enxugando as lágrimas com as costas da mão, bentinho falou: bem agora não é hora de choro. Podemos reconstruir o nosso clube, mas primeiro vamos ter uma conversa com essa raposa. Assim, traçaram um plano para caçar a malvada.
Construíram uma jaula bem forte e penetraram na floresta com o cachorro na frente, farejando e seguindo a pista da raposa.
_Sniff! Sniff!....
_Pssss! Não façam barulho- falou Bentinho. Vamos fazer-lhe uma surpresa! Colocaram a jaula bem em frente da toca e ficaram por perto, esperando a saída da fera.
A raposa não demorou a acordar e sair de sua casa. Estava tão distraída, pensando no que fizera no dia anterior, que nem viu para onde ia. Pact! A raposa entrou na jaula e Bentinho fechou a porta. A armadilha deu resultado. Bravos, gritaram os bichinhos, em coro. Vamos leva-la para o Jardim Zoológico! Falou o ratinho.
O pai de Bentinho, ficou muito satisfeito em poder levar a raposa para o jardim Zoológico! falou o patinho. Foi de charrete. Quem não estava nada contente era a raposa.
No mesmo instante todos voltaram ao trabalho. Queriam reconstruir o clube, o mais rápido possível. E dois dias depois..... Estava pronto! Todos os animais da floresta foram convidados para a festa de inauguração. Todos, menos a raposa é claro.
O mal, não vence o bem!

A floresta Zangada

A FLORESTA ZANGADA

Todos os animais estavam muito zangados!!
Os homens não paravam de destruir a floresta: cortavam árvores, deitavam lixo no chão, provocavam incêndios, poluíam os lagos e rios... Isto tinha de acabar!!
Nessa tarde, os pássaros foram avisar todos os habitantes da floresta para comparecerem numa reunião a ter lugar nessa noite, junto ao lago.
As árvores foram as primeiras a aparecer, desajeitadas e com grandes passos ruidosos. Afinal só andavam muito de vez em quando.
Quando todos estavam já reunidos, o Lobo, que era o presidente, começou o seu discurso:
- Amigos, isto está impossível!! Eu sugeria que pedíssemos ajuda às crianças e todos juntos arranjássemos uma solução!!
- Apoiado!! – gritaram uns.
- Boa ideia!! – exclamaram outros.
Decidiu-se então que na manhã seguinte, seriam mais uma vez as aves a dar as notícias a todos os miúdos da aldeia.
Quando o Pedro acordou viu um pássaro que lhe disse:
- Tens que nos ajudar a salvar a Floresta.
O menino não sabia porquê. A ave explicou-lhe que os homens andavam a destruir a Floresta.
O Pedro disse que tinham que avisar os outros meninos. Tinham que ir às casas deles.
À tarde, todos se reuniram junto ao lago.
O Lobo foi o primeiro a falar:
- Estamos muito tristes. A nossa casa está quase destruída!! Que havemos de fazer?
O Pedro teve uma ideia:
- Vamos destruir as casas dos homens para ver se eles gostam.
Todos os habitantes da floresta concordaram.
No dia seguinte, eles foram ao ataque. Claro que os homens não gostaram nada.
Quando viram as suas casas destruídas, perceberam que não deviam estragar a floresta. Pararam de cortar as árvores, de sujar o chão e os rios e de destruir as casas dos animais.
A partir desse dia, os homens, os animais e as árvores ficaram muito contentes.

música-Planeta Azul-meio ambiente

"Planeta Azul" de Xitãozinho e Xororó ou Rio Negro & Solimões (gravaram mais recetemente):


A vida e a natureza sempre à mercê da poluição
Se invertem as estações do ano
Faz calor no inverno e frio no verão
Os peixes morrendo nos rios
Estão se extinguindo espécies animais
E tudo que se planta, colhe
O tempo retribui o mal que a gente faz
Onde a chuva caía quase todo dia
Já não chove nada
O sol abrasador rachando o leito dos rios secos
Sem um pingo d'água
Quanto ao futuro inseguro
Será assim de norte a sul
A terra nua semelhante à lua
O que será desse Planeta Azul?
O que será desse Planeta Azul?
O rio que desce as encostas já quase sem vida
Parece que chora um triste lamento das águas
Ao ver devastada a fauna e a flora
É tempo de pensar no verde
Regar a semente que ainda não nasceu
Deixar em paz a Amazônia, perpetuar a vida
Estar de bem com Deus!

Planeta azul - Chitãozinho e Xororó

Atividades pedagógicas sobre meio ambiente | Rota 83

Atividades pedagógicas sobre meio ambiente | Rota 83